domingo, 26 de agosto de 2012

ETHOS

1. TÍTULO DO PROJETO
Respeito à diversidade religiosa
 
3. AUTOR
Solevania Pereira Alves-
Solly.alves@pop.com.br
4. BLOCOS TEMÁTICOS PROPOSTOS
GEOGRAFIA HISTÓRIA ENSINO RELIGIOSO
-
Informação,
comunicação e interação.
-Organização histórica e
temporal
-História das narrativas
sagradas orais e escritas (Os
acontecimentos religiosos
são fatos marcantes/ Os
acontecimentos religiosos
são a origem de mitos e
segredos sagrados).
5. OBJETIVOS

Despertar os alunos para a necessidade de uma visão mais ampla, em prol da
construção de uma sociedade mais fraterna, que perceba as diferenças sem
preconceitos ou hierarquização.

Visualizar na diversidade, a mesma importância e igual sentido que cada crença
tem na formação cultural de uma sociedade.

Conhecer novas religiões fazendo uma reflexão sobre o modo como vivem.

Valorizar a identidade cultural.

Proporcionar aos alunos a possibilidade de adquirir conhecimentos sobre a
diversidade religiosa.
6. FUNDAMENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Estudar o desenvolvimento humano significa conhecer as características
comuns de uma faixa etária, permitindo-nos reconhecer as individualidades, o que nos
torna mais aptos para a observação e interpretação dos comportamentos, assim todos
esses aspectos levantados têm grande valor para uma educação de qualidade.
Portanto se torna de fundamental importância conhecer o desenvolvimento do
aluno para o qual será aplicado o presente projeto, que é uma criança de oito anos de
idade, e se encontra em uma fase caracterizada pela ação.
É uma criança que tem interesse pela história e se identifica com diferentes
personagens. Acredita no Transcendente como aquele que cria-faz. E vai estruturando,
desse modo, seu mundo pessoal, seu interior e sua relação com o transcendente. A
criança de 8 anos está em um estágio no qual a pessoa começa a assumir para si as
histórias, crenças e observâncias que simbolizam pertença à sua comunidade. As
crenças são apropriadas com uma interpretação literal, assim como as regras e
atitudes morais. Os símbolos são entendidos como unidimensionais e literais em seu
sentido.
Nesta fase a criança já vivencia o simbólico, assim os símbolos específicos
ligados à sua tradição religiosa já faz parte do seu cotidiano, e o trabalho com os
símbolos será conduzido de tal maneira que os alunos percebam os símbolos mais
importantes da sua tradição religiosa e os da tradição de seus colegas de sala. Como
também oportunizar ao aluno falar com liberdade da sua crença.
Segundo Piaget, esta criança está no estágio operações concretas (7 – 12
anos), aproximadamente.
É o período em que a lógica começa a desenvolver-se e a criança já consegue,
a seu modo, organizar e sistematizar situações e relacionar aspectos diferentes da
realidade.
Neste estágio, predomina a lógica formal, a criança já pode realizar abstrações
sem necessitar de representações concretas e pode, também, imaginar situações
nunca vistas ou vivenciadas por elas.
As visitas aos diferentes locais de cultos propostas neste projeto ajudará a
criança a ter o conhecimento das várias cerimônias religiosas que serve de ajudará
para o entendimento da dimensão da religiosidade humana e sua relação com o
transcendente.
De acordo com Freud a Fase de latência (7 a 12anos)corresponde aos anos da
escola de Ensino fundamental, quando a criança estará voltada para a aquisição de
habilidades, valores e papéis culturalmente aceitos. É chamada de latência porque os
impulsos são impedidos de manifestarem-se.
Nesta fase aparecem na criança barreiras mentais, impedindo as manifestações
da libido, barreiras que Freud identificou como repugnância, vergonha e moralidade. O
impulso sexual dirige-se para finalidades culturais: domínio da leitura , da escrita e de
muitas outras habilidades. É uma época de nítida separação entre meninos e meninas
e de rivalidade entre dois grupos.
Quanto à forma de se expressar o que pensa, deseja; a forma de comunicar
cresce em sofisticação, em diversidade. Uma destas formas de expressão é o
desenho, por meio do qual a criança apresentar nossas emoções, nossa visão de
mundo e sua relação com o outro.
Assim sendo o presente projeto tem o objetivo de contribuir para uma educação
de qualidade cumprindo assim o que consta no artigo 32 da Lei de diretrizes e bases
da educação,1996. Que o ensino fundamental tem por objetivo a formação básica do
cidadão, mediante: o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios
básicos o pleno domínio da leitura , da escrita e do cálculo.
Como também: a compreensão do ambiente natural e social, do sistema
político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;o
desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; o fortalecimento dos
vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em
que se assenta a vida social.
O tema “O respeito à diversidade religiosa” será trabalhado de forma que
desperte no aluno a necessidade de uma visão mais ampla, em prol da construção de
uma sociedade mais fraterna, que perceba as diferenças sem preconceitos ou
hierarquização. Conhecendo novas religiões fazendo uma reflexão sobre o modo como
vivem, usando questionamentos, diálogos que promovam o entendimento do conteúdo,
abrindo assim a visão do aluno para o respeito à diversidade religiosa e adquirindo
novos conhecimentos sobre a diversidade religiosa.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, no artigo 33 reconhece o Ensino
Religioso como parte integrante da formação básica do cidadão, assegura, o respeito à
diversidade cultural-religiosa do Brasil e veda quaisquer formas de proselitismo.
Considerando o que consta na lei as atividades serão fundamentadas nos
princípios da cidadania, do entendimento do outro. respeitando a tradição religiosa
trazida de suas famílias como também a liberdade de expressão religiosa de cada um.
Não há registro em qualquer estudo por parte da História, Antropologia,
Sociologia ou qualquer outra “ciência” social, de um agrupamento humano em qualquer
época que não tenha professado algum tipo de crença religiosa. A grande maioria da
humanidade professa alguma crença religiosa direta ou indiretamente e a religião
continua a promover diversos movimentos humanos, e mantendo estatutos políticos e
sociais.
Portanto o educador tem uma grande tarefa, e não poderia deixar de incluir
com as outras disciplinas o Ensino Religioso de grande importância para a urgente
formação de um novo ser humano, de sujeito da história que não concordem
inocentemente aos diferentes sistemas dominantes, mas que, pela própria prática e
reflexão, sejam capazes de construir sua própria história. E a Escola pode ser este
espaço onde o aluno fará suas perguntas e terá suas respostas .
Podemos assim atribuir a religião à função de educar o aluno para a vida,
dando a ele a capacidade de vivê-la em plenitude a partir do encontro consigo mesmo,
com o seu próximo e com Deus.
Quanto ao conteúdo trabalhado na disciplina de História proporcionará ao aluno
uma maior compreensão da sua realidade e de outras (tempo e espaço) conhecendoas,
respeitando as diferenças, percebendo as transformações e permanências e por fim
se reconhecer como sujeito histórico ativo no processo de aprendizagem. Trabalhar
com o conteúdo,contextualizando as a partir do convívio social do aluno. No ensino de
geografia, será proporcionado atividades variadas, que permita ao aluno construir
conceitos, dando significado ou ressignificando.
“A geografia é uma área do conhecimento comprometida em tornar o mundo
Assim é importante que a geografia” não seja apenas centrada na descrição empírica
das paisagens, tampouco pautada exclusivamente pela explicação política e econômica
do mundo, que trabalhe tanto as relações socioculturais da paisagem como os
elementos físicos e biológicos que dela fazem parte, investigando as múltiplas
interações entre eles estabelecidas na construção dos lugares e territórios. Enfim,
buscar explicar para compreender.”(PCN)”.
8. DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES
PROCEDIMENTOS METODÓLOGICOS
DESCOBRINDO...
O assunto será introduzido por meio da mitologia clássica.Os alunos irão para o
laboratório de informática e visitarão o site
www.monica.com.br/comics/seriadas-
(histórias em quadrinhos, que ajudará a introduzir o assunto de forma lúdica)-A deusa
Moni Kaa e os doze trabalhos da Mônica(referência aos doze trabalhos de Hercules).
Também serão disponibilizados para os alunos, os livros da coleção Reencontro- Ed
scipione-(adaptações das obras épicas,
Ilíada (na qual foi baseado o filme de tróia),
odisséia e ao lusíadas,
nas quais a presença dos deuses entre os homens tem papel
de destaque. (confrontar visões divergentes.após as preliminares, afim de fazê-las
pensar na visão do outro (desenvolvendo a empatia que traz o respeito).
CONVERSANDO...
Após as descobertas o professor solicitará que os alunos sentem em circulo e
os alunos deverão relatar suas descobertas e opiniões acerca do assunto, o professor
poderá também verificar: as religiões presentes na turma, como os alunos enxergam
esses deuses que tão de perto conviviam com os humanos? Entendem apenas como
invenção literária ou tem noção que, num determinado momento histórico, de fato se
acreditava na existência desses. Confrontar visões divergentes, a fim de fazê-los
pensar na visão do outro.
REGISTRANDO...
O professor entregará para cada aluno uma folha de sulfite e canetas para que
possam desenhar ou escrever como é o Deus em que cada um acredita e o que é a
diferença religiosa. Os alunos serão estimulados a montar um painel contendo as
principais opiniões sobre o respeito á diversidade religiosa dadas por eles próprios
durante o debate em sala de aula.
PESQUISANDO...
PARA CASA:
Pesquisar em jornais, revistas ou na internet artigos sobre as
diferentes religiões, símbolos da tradição religiosa de sua família e trazer na próxima
aula.
RECURSOS:
-
Internet
-
Sulfite
-Material de uso comum
1
REGISTRANDO...
Os alunos irão compartilhar com os colegas suas pesquisas, cada aluno
indicado apresenta o seu símbolo (o nome do símbolo, motivos que o fizeram trazer,
significado desse símbolo para sua família. Com base no material levantado
confeccionar cartazes e afixar na parede da sala de aula.
1
ª Material de uso comum: lápis, lápis coloridos, cola, borracha, tesoura, régua, apontador, giz-de-cera, canetinha,
caderno.
Ajudar os alunos a entenderem, que um símbolo tem valor e significado
diferentes para pessoas e grupos diferentes.
LENDO...
Tempo para tudo
Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião.
Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar;
Tempo de matar e tempo de curar;
Tempo de derrubar e tempo de construir.
Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar;
Tem tempo de chorar e tempo de dançar;
Tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las;
Tempo de abraçar e tempo de afastar.
Há tempo de procurar e tempo de perder;
Tempo de economizar e tempo de desperdiçar;
Tempo de rasgar e tempo de remendar;
Tempo de ficar calado e tempo de falar.
Há tempo de amar e tempo de odiar;
Tempo de guerra e tempo de paz.
O que é que a pessoa ganha com todo o seu trabalho? Eu tenho visto todo o trabalho
que Deus dá às pessoas para que fiquem ocupadas. Deus marcou o tempo certo para
cada coisa. Ele nos deu o desejo de entender as coisas que já aconteceram e as que
ainda vão acontecer, porém não nos deixa compreender completamente o que faz.
Bíblia sagrada, Eclesiastes 3:1-11
DESCOBRINDO....
Os alunos irão fazer uma agenda das datas de nascimento dos seus colegas de
salas, poderá incluir também seus familiares.
PESQUISANDO...
Os alunos irão pesquisar de onde surgiram os meses do ano, seu significado e
comparar com o nosso calendário.
DESCOBRINDO
Os nomes dos meses nasceram do calendário romano. Mas a ordem deles
era diferente da que conhecemos hoje e o ano não começava no 1º dia de janeiro, mas
no dia 15 de março.
DESAFIO...
Se fôssemos antigos romanos,
-Em que mês estaríamos?
-Qual seria o mês de seu aniversário?
SABIA QUE...
Da mesma forma que os homens sempre tiveram preocupação em registrar a
sua história , a marcação de tempo também sempre foi importante para todos. Cada
povo contava o tempo à sua maneira, mas quase sempre o ponto de partida era um
acontecimento importante na vida da própria comunidade. Mesmo nos dias atuais,
quando existe um calendário universal, que serve de referência para quase todos os
povos, os judeus, por exemplo, ainda mantêm antigos costumes de contagem de
tempo. As suas datas comemorativas e a do ano novo são diferente das dos cristãos. O
mesmo pode-se dizer dos budistas e dos bahais, que também usam datas próprias
para a marcação do tempo.
Um povo australiano, os arandas, divide o dia em vinte e cinco partes. Alguns
povos indígenas brasileiros consideram as fases da lua como sendo um bom marcador
de tempo. Outros povos marcam o tempo a partir das estações do ano- verão, outono,
inverno, e primavera. Na áfrica, há povos que tomam como referência as temporadas
de chuva. A partir dos fenômenos naturais esses povos sabem, por exemplo, quando
devem plantar e colher os frutos e demais vegetais que lhes servirão de alimento.
DESCOBRINDO...
Instrumentos que servem para marcar o tempo
CONSTRUINDO...
Um relógio de areia
Antigamente media-se o tempo com relógios de areia ou ampulhetas.
Consistiam de dois recipientes de igual tamanho que se comunicavam por meio de um
pequeno orifício.
Um dos recipiente era cheio de areia, precisamente a quantidade necessária
para que levasse um tempo determinado para passar para o outro. Logo que a areia
passava toda de um para o outro recipiente, a ampulheta era virada ao contrário e o
relógio continuava a funcionar.
Você pode fazer um desses relógios com a maior facilidade.
Serão necessários dois vidros de igual tamanho e formato, duas garrafas iguais,
por exemplo, e uma quantidade de areia bem fina, ambos bem secos. Na boca de uma
delas prende um tecido, no qual se faz um orifício pequeno para dar passagem à areia.
Coloque uma garrafa sobre a outra, boca com boca, passe uma fita adesiva bem forte,
e deixe a areia passar de um lado para o outro, por certo tempo, o período de uma aula,
por exemplo. Jogue fora a areia que tiver sobrado, assim que tocar o sinal para a aula
acabar. Você terá uma medida de tempo nova: O tempo que dura uma aula!
Daí em diante, é só inverter a posição das garrafas, isto é, colocar sempre a
que estiver cheia por cima da que estiver vazia. Você terá um relógio funcionando
eternamente, sem corda ou bateria.
PASSEANDO...
Visitas a diferentes locais de cultos (templos cristãos-católicos e evangélicos
etc.preferencialmente acompanhadas por membros /lideres de cada religião para sanar
dúvidas e curiosidades da turma. O objetivo deste passeio será: conhecer as diferentes
religiões ; identificar objetos e reconhecer a importância para cada uma das religiões.
As combinações para o passeio, serão feitas de forma coletiva e registradas no quando
de giz para serem copiadas no caderno.
REGISTRANDO...
Os alunos farão por meio do desenho, o relatório do passeio. Será
disponibilizado mapas para que os alunos possam está localizando o caminho
percorrido e os templos visitados por eles. A professora promoverá no saguão da
escola a exposição dos mesmos.
RECURSOS DIDÁTICOS

Biblioteca

Internet

Mapas

Quadro de giz

Cartazes

Máquina fotográfica
9. AVALIAÇÃO
Avaliar o desempenho global do aluno ininterruptamente a partir de
observações, das atividades nas aulas, da participação individual e em grupo,
observação das atitudes de responsabilidade, cooperação e organização.
10 .CONSIDERAÇÕES FINAIS
Muito se fala sobre a questão do Ensino Religioso e o respeito pela diversidade
religiosa nas Escolas, alguns até sem o conhecimento da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação em seu artigo 33- Lei n} (.394 de 20 de dezembro de 1996. menciona que o
Ensino religiosos nas escolas de Ensino Fundamental é parte integrante da formação
básica do cidadão, tendo matrícula facultativa e devendo ser multiconfessional, o que
significa que todas as religiões devem ter as mesmas oportunidade de estudo.
Assim torna-se importante que se lembre que o aluno têm liberdade de crença,
como qualquer cidadão brasileiro. O Brasil é um estado laico e nenhuma religião,
portanto, pode exercer pressão ideológica junto aos cidadãos livres. A religião de cada
um deve ser uma decisão extremamente particular.
Nossa constituição garante tal direito de escolha e proíbe manifestações
preconceituosas a respeito da religião do outro. O importante é conhecer que
precisamos nos respeitar, sem constranger quem pensa de um modo diferente do
nosso.
Assim o ensino religioso deve enfatizar o respeito pelo outro, o trabalho com
aqueles que se encontram em situação de exclusão social, valores como a
honestidade, amor, justiça, amor ao próximo, solidariedade e bondade.
“Façam aos outros o que querem que eles façam a vocês”
REFERÊNCIAS
ALVES, Kátia Corrêa Peixoto & BELISÁRIO, Regina Célia de Moura Gomide.Diálogo
com a História 5ªsérie.Curitiba: Positivo,2004.
Bíblia sagrada: Nova tradução na Linguagem de Hoje. Barueri( SP):Sociedade do
Brasil, 2000.
BRASIL, BRASÍLIA
. Leis de Diretrizes e Bases, Lei 9394/96, 20 de dezembro de 1996.
BRASIL. Ministério de Educação e dos Desportos. Parâmetros curriculares Nacionais .
Brasília, 1997.
CANTARIN
, Márcio Matiassi. Religião se discute?. Revista do professor, Porto Alegre,
nº 85,p. 29-30, jan./mar.2006.
PIAGET, Jean.
A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.www. mônica.com. br

SolBatt agradece sua visita!

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